Os servidores da Prefeitura de São Mateus, na região Norte do Espírito Santo, reclamaram do atraso no pagamento dos salários e o não recebimento das gratificações neste mês de setembro. Por isso, o sindicato dos servidores públicos do município notificou a prefeitura.
Desde a data do pagamento dos salários, a movimentação na prefeitura é intensa. Os servidores efetivos estão recebendo os salários de forma fracionada. “Eu recebi esse salário dia 10, só foi o base, sem as gratificações”, disse a auxiliar de serviços gerais Helena Barbosa.
“Veio fracionado, inclusive, esses direitos conseguidos ao longo dos anos como dedicação exclusiva, que nós temos previsto no nosso plano de cargos e salários. Essas gratificações não vieram”, contou a professora Berenice Verly.
A medida pegou muitos servidores de surpresa. “A gente tem compromisso, tem contas a pagar e a gente não estava esperando isso. O banco e o pessoal que a gente deve não quer saber se a gente está recebendo parcelado. Fica complicado”, afirmou a telefonista Gilcéia Vignati.
A administração municipal mudou a forma de pagamento do salário dos servidores depois de um recadastramento feito em agosto, segundo o secretário de gabinete da prefeitura, Vitor Vicente Guanandy.
“Para que o servidor não tivesse prejuízo, pagamos as verbas que não tinham como sofrer alteração, que é o vencimento básico, e as verbas que poderiam sofrer alteração se o servidor não tivesse naquela condição, seria paga em uma folha complementar, 10 dias depois do primeiro pagamento”, disse.
Mas há trabalhadores como a auxiliar de serviços gerais, Kerly Cruz, que ainda não sabe qual a situação do seu pagamento. “Estou preocupada, não sei se foi descontado, empréstimo, vale-transporte. A gente não sabe de nada”, afirmou.
O sindicato dos servidores públicos de São Mateus notificou a prefeitura. “Tem servidor que não recebeu o vencimento. Quando ele sinalizou a possibilidade do parcelamento, isso foi informado ao servidor, de uma certa foi informado, mas o atraso do pagamento não estava previsto e nem dá para se admitir”, pontuou a presidente do sindicato, Fabiane Santiago.
Por isso, o sindicato protocolou uma denúncia contra a prefeitura por “crime de responsabilidade e improbidade administrativa”.