Foram situações diferentes as vividas pelos dois representantes capixabas na Série D do Campeonato Brasileiro. Enquanto o Real Noroeste disputou uma batalha em campo, na bola, em Anápolis (GO), o Nova Venécia se viu em meio a uma guerra, com tiro, porrada e bomba, que antecipou o final de sua partida contra o Brasiliense, em Ceilândia, no Distrito Federal.
As duas equipes jogaram com vantagem por terem vencido o primeiro jogo em casa. O Real havia goleado o Anápolis por 5 a 2 em Águia Branca (ES), mas passou aperto quando viu o Anápolis igualar as condições, vencendo por 3 a 0 o segundo jogo. A decisão foi para os pênaltis, quando brilhou a estrela do goleiro Weide, que defendeu três das quatro cobranças feitas pelo time da casa. Como o Nova Venécia converteu três, não foi necessária a quinta cobrança.
Agora, o Real Noroeste joga contra o Caxias (RS) nas oitavas de final, com a primeira partida em Águia Branca e a segunda e decisiva em Caxias do Sul, na Serra Gaúcha. As equipes estão a dois adversários (em jogos de ida e volta) para subirem à Série C.
Já o Nova Venécia saiu-se melhor em campo. Depois de vencer em casa por 3 a 1, segurou o ímpeto do Brasiliense e garantiu a classificação com o empate de 1 a 1. A partida estava nos acréscimos do segundo tempo, quando foi encerrada pela arbitragem por causa da invasão de campo pela torcida local. O que se seguiu foram cenas que podem custar muito caro ao Brasiliense.
Havia poucos policiais no estádio e eles tiveram dificuldades, inicialmente. Os times correram para os vestiários, enquanto o policiamento protegeu os árbitros. Depois, contra-atacou os invasores com tiros de borracha e bombas de efeito moral. Uma equipe de televisão que fazia a transmissão do jogo teve que interromper seus trabalhos abruptamente por agressão de vândalos, que saíram fazendo destruição por onde passaram. (Da Redação)
