Serviço de inteligência vai identificar IP de computadores que emitirem planos de ataques a escolas

Secretários de Segurança e de Educação estiveram juntos na coletiva sobre segurança nas escolas (Divulgação)

Os órgãos de inteligência policial federais e estaduais estão empenhados desde esta segunda-feira (10) em investigar e identificar os computadores ou smartphones dos quais partes supostas notícias dando conta de planos de ataques a escolas. A medida foi anunciada em entrevista coletiva pela manhã reunindo autoridades da segurança e da educação do Espírito Santo.

O coronel Alexandre Ramalho, secretário de Estado de Segurança, disse que desde as primeiras horas da manhã os setores de inteligência da Polícia Federal, Agência Brasileira de Inteligência, Polícia Civil, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar estavam reunidos para analisar as mensagens que circulavam em grupos com ameaças de ataques.

Apesar de pela manhã ter havido pânico na Ufes por conta de um episódio envolvendo uma aluna de Direito que foi abordada por uma mulher com capuz armada com uma faca, o coronel Ramalho disse que não havia nenhuma informação concreta de que tenha sido uma ação de ataque orquestrado.

“Estamos identificando o IP de quem começa a divulgar as mensagens, que têm um efeito cascata, gerando pânico em pais, alunos e professores. É uma situação nova no Brasil, já fomos palco de um episódio (de Aracruz), e estamos elaborando um plano que será apresentado pelo governador no dia 27, resultado do trabalho de 16 grupos temáticos no comitê de segurança escolar, coordenado pelos coronéis André e Celante e pelo subsecretário de Educação, André Melotti Rocha”, disse o secretário.

Ramalho garantiu: “Vamos ao encalço desses indivíduos. Pelo que conhecemos, quem faz ataque não manda notícias, mas articula-se em grupos. Pode ser que alguém ao redor vaze as informações, mas nenhum ataque até hoje teve essa maciça divulgação. Espalharam notícias em massa com as mesmas fotos aqui e em outros estados do País. Inclusive, uma das escolas que falaram já foi até demolida pela Sedu”.

O secretário admitiu, no entanto, que o momento é sensível, “porque é uma literatura nova, não tem protocolo de ações preventivas, mas estamos elaborando isso  com os grupos de inteligência e o comitê de segurança escolar”.

“Essa enxurrada de mensagens é um fato atípico e estamos atentos, sim. Estamos todos nós preocupados e vamos para a linha de investigação e identificação das pessoas envolvidas para tranquilizar a sociedade de que não há indicativos de que haverá ataques. Mas vamos identificar os autores das mensagens que espalham pânico e prendê-los”, acrescentou Ramalho. (Da Redação)