Policial que agrediu frentista no ES volta a trabalhar após quase um ano de licença

O policial militar que agrediu um frentista em janeiro do ano passado em Vila Velha, na Grande Vitória, voltou a trabalhar após quase um ano de licença.

O sargento Clemilson Silva de Freitas tirou quatro licenças médicas seguidas e ficou quase um ano afastado. Agora, ele retornou ao trabalho na área administrativa da Polícia Militar.

De acordo com dados do Portal da Transparência, Clemilson continuou recebendo o salário de R$ 6.400 na maior parte do período de licença, conforme previsto em lei.

O problema de saúde dele não foi revelado pela PM. O policial ainda responde na Justiça e ao processo administrativo disciplinar pela agressão ao frentista.

Agressão

O caso aconteceu em um posto de gasolina na Rodovia do Sol, no dia 23 de janeiro de 2020. Câmeras de segurança flagraram o sargento dando um tapa no rosto do frentista Joelcio Rodrigues dos Santos, que estava trabalhando. Depois, o policial ainda apontou uma arma para ele.

O frentista chegou a ter dificuldade para registrar o caso na Corregedoria da PM, mas depois o órgão informou que o caso já estava sendo analisado. Clemilson foi afastado no dia 29 de janeiro, quase uma semana depois do ocorrido, com a previsão de ficar afastado por até 60 dias até que o inquérito fosse concluído.

De acordo com a Corregedoria, esse inquérito já foi concluído, mas, agora, o policial responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que não tem data para ser finalizado.

Em março, o Ministério Público do Espírito Santo (MPES) denunciou Clemilson à Justiça.

No dia 23 de junho, terminou a primeira licença médica tirada pelo sargento, com validade de 148 dias. No entanto, no dia 25, depois de passar por avaliação da Junta Médica da Polícia Militar, ele tirou uma nova licença médica e ficou afastado das funções até agosto.

Em agosto, o policial tirou a terceira licença médica, que vigorou até outubro. Só que, no dia 27 desse mesmo mês, ele conseguiu a quarta licença médica, válida por mais 60 dias.

Informações: G1