Morte de professor: homem preso é suspeito de ser mandante de crime em Guarapari

Morte de professor: homem preso é suspeito de ser mandante de crime em Guarapari

Um homem preso nesta quinta-feira (25), suspeito de envolvimento na morte do professor de Educação Física, Raul Giovanelli, de 27 anos, em Guarapari, é apontado pela polícia como mandante do assalto, que resultou no óbito do profissional. De acordo com as investigações da Polícia Civil, ele é suspeito de matar, também, um agente penitenciário.

O homem foi identificado como Rafael dos Reis Santos, de 28 anos. Ele se entregou à polícia nesta sexta-feira (25).

“Na quarta-feira (24) fomos contatados, mais uma vez, pelos advogados que patrocinam a defesa de Rafael, que propuseram a apresentação dele espontânea assim como a entrega da arma empregada no crime”, informou o delegado da Polícia Civil, Guilherme Eugênio.

Ainda de acordo com a polícia, o atirador e comparsa de Rafael é parente dele. O homem foi preso há alguns dias em Novo Horizonte com apoio da DHPP da Serra. As investigações concluíram que Rafael forneceu a arma do crime ao comparsa.

Os depoimentos à polícia dos dois suspeitos são parecidos, mas possuem algumas divergências em um ponto específico. O atirador contou aos policiais que não planejou o assalto e que Rafael já tinha chegado com a vítima certa: um idoso que estava caminhando pelo calçadão com um cordão e pulseira de ouro.

Com a ordem do familiar, ele teria cometido o roubo com a promessa de que eles dividiriam o lucro. Entretanto, a versão contada pelo suposto mandante é de que ele não sabia quem era a vítima, e que o comparsa apenas pediu a arma para cometer o roubo.

“O professor Raul não era vítima do roubo. O professor Raul era uma pessoa que, vendo essa ação violenta, esse roubo praticado com esse idoso, procurou intervir em favor do idoso e veio a óbito sendo baleado com três disparos de arma de fogo”, explicou o delegado.

De acordo com a Polícia Civil, Rafael alegou que era colega do professor e disse ainda que ficou surpreso quando descobriu que o comparsa tinha o matado.

“Ele afirma ter ciência de que com a arma dele seria utilizada na pratica de um roubo, mas que não pretendia um resultado como a morte e, ainda mais, que não esperava a morte de uma pessoa conhecida e próxima a ele”, informou o delegado Guilherme Eugênio.

Rafael dos Santos responde por outros crimes e é suspeito de matar um agente penitenciário aposentado que foi assassinado a tiros no centro de Guarapari em maio deste ano.

“O Rafael já foi acusado da prática de outros crimes nessa mesma região. Nós passamos a suspeitar que ele possa estar envolvido e, por conta disso, estamos requisitando a realização de exames periciais potencialmente capazes de confirmar ou até afastar as suspeitas que pesam em face dele”, esclareceu.

A arma usada no crime que vitimou Raul também foi apreendida. Um revólver calibre 357. Mesmo calibre do crime do inspetor penitenciário. Tudo isso está sendo investigado pela polícia.

A suspeita é que Rafael, para não se expor nas ruas, contratava outros criminosos para cometerem roubos para ele.

“O atirador escolhido para esse crime, por exemplo, não tem identidade no Espírito Santo, não tinha nenhuma imagem dele vinculada a alguma investigação criminal nem mesmo um banco de dados oficial do Estado. Ele é natural da Bahia e veio há pouco tempo pra cá. E, portanto, tinha o perfil ideal para o Rafael. Seria muito mais difícil alcançá-lo. Acreditamos que o Rafael se uniu a esse familiar, inexperiente para prática desses crimes que anteriormente ele praticava”, explicou o delegado.

Informações: Folha Vitória