Mesmo com ajuda da prefeitura, moradores de rua continuam recusando trabalho, moradia, alimentação e benéficos em Barra de São Francisco

Assim que assumiu a prefeitura no primeiro dia de 2021, o prefeito de Barra de São Francisco, Enivaldo dos Anjos (PSD), se deparou com um problema social bastante complicado que foi a presença de moradores de rua causando transtornos para a sociedade.

Com o objetivo encontrar soluções para o grave problema encontrado, Enivaldo dos Anjos, encaminhou um projeto lei para a Câmara Municipal de Vereadores ao qual foi aprovado, por unanimidade, onde, através de um programa de ressocialização, propunha moradia, trabalho, alimentação e salário aos moradores de rua para prestarem trabalho no Polo Industrial.

Para surpresa da administração municipal, apenas cinco moradores de rua aceitaram a proposta do prefeito, mas somente três permanecem atualmente. Foi um sacrifício muito grande convencê-los a ir morar no Polo Industrial, com direito a comida, moradia, trabalho e salário. Teve morador de rua que, inclusive quis partir para o confronto com quem oferecia a inclusão no programa municipal.

A maioria preferiu continuar nas ruas da cidade onde a própria sociedade ajuda, diariamente, com esmolas, utilizadas por muitos para comprar cachaça e satisfazer seus vícios. O prefeito Enivaldo dos Anjos encaminhou, inclusive ao Ministério Público da cidade, documento onde solicitou apoio e orientação quanto a situação dos moradores de rua do município.

No documento, o prefeito cita a aprovação da Lei Municipal nº 1184, de 29 de novembro de 2021, que institui o Programa Municipal de Combate à Fome, a Moradia Digna e Incentivo a Inclusão Social Produtiva – “PROJETO DIGNIDADE SOCIAL”.

No programa em questão, a prefeitura cria apoio aos moradores de rua como alimentação, hospedagem e prestação de serviços no Hortão Municipal, atribuindo a eles, ainda, uma gratificação no montante mensal de até 8 (oito) Unidades Referência do Município (UR) que dá, aproximadamente, R$ 320,00 (trezentos e vinte reais).

Desde sua aprovação, foi designado para execução do projeto, o Subsecretário Municipal de Agricultura Carlos Rubens da Silva, que tem abordado, constantemente, os moradores em situação de rua no município, apresentando o programa e os benefícios, para reintegração social.

Apenas três moradores que ainda se encontram inseridos ao projeto, enquanto os demais, não foram receptivos e agiram com sentimento de agressividade e se negando a aceitar o auxílio dado pelo município, alegando que preferem ser moradores de rua, viver em calçadas sob as piores condições humanas de alimentação, higiene, saúde e fazendo questão de se demonstrarem abandonados pelas autoridades públicas.

“Apelamos aos representantes do Ministério Público, a nos apoiar neste programa de recuperação da dignidade humana destes moradores que, ao usarem drogas ilícitas, causam transtornos aos demais membros da população, por se comportarem com agressividade, ameaçando menores, ofendendo moralmente as pessoas para que lhe deem esmolas, além de estarem sob suspeitas de realizarem pequenos furtos no município”, afirmou o prefeito Enivaldo dos Anjos.

Além da negativa dos moradores de rua em serem ajudados pelo programa social do município, há também diversas denúncias e reclamações de pessoas da população que estão sendo ameaçadas, até mesmo com arma branca (faca), por se recusarem a pagar um “suposto” valor de estacionamento em área pública.

Este valor é estipulado pelos próprios moradores de rua, podendo chegar a um valor de até R$ 100,00 conforme reclamação feita por pessoas da sociedade francisquense. O prefeito Enivaldo dos Anjos afirma, ainda, que todas as providências que estiverem ao alcance da municipalidade para solucionar esta situação, mas que necessita do apoio de todos os órgãos competentes tendo em vista a dificuldade de se convencer os moradores de rua a aceitarem ajuda.