Erosão avança em Piúma e deixa comerciantes apreensivos

A erosão avança em Piúma, no litoral Sul do Espírito Santo, e deixa comerciantes apreensivos com a chegada do verão. Quem depende do turismo como fonte de renda reclama da situação, que não é resolvida.

O mar destruiu tudo o que tinha pela frente.

Para os moradores, é difícil tirar a imagem dos tempos de praia lotada da lembrança. “Não tem condições de trabalhar, eu não tenho coragem de colocar um carrinho na rua, porque você tem prejuízo, você gasta com um pneu que fura, você gasta com alvará, com bebida, com gelo. É um saldo negativo”, falou a ambulante Shirlei Lima.

A dona do único quiosque que sobreviveu à erosão disse que é difícil vender no local. “A gente está lutando com muita dificuldade, com muita garra, com a ajuda de vários amigos”, disse Rosana.

Difícil também para alugar imóveis. Turista nenhum quer ficar na cidade, mesmo com 70% na redução do valor do aluguel.

“Tem procura, inclusive, tem muitos clientes que eram fiéis, me procurando porque querem alugar comigo, mas não querem Piúma”, contou a corretora de imóveis, Alessandra Zouain.

Orla destruída

Ao todo, são 3 km de orla destruída pela força da água. Uma faixa da avenida Beira Mar foi interditada.

Para tentar conter a força da água, a prefeitura em agosto de 2018 encaminhou um projeto para o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) para realizar uma obra emergencial, a construção de um muro orçado em R$ 3,5 milhões.

A obra definitiva deve demorar. Apesar disso, o prefeito chegou a dizer que faria um paliativo para o verão de 2019.

Mas ainda não há solução. A Prefeitura de Piúma explicou que tentar firmar um convênio de quase R$ 5 milhões com o governo do estado.

A intenção é usar esse dinheiro para construir um muro de contenção. O estado ainda vai avaliar a proposta e a documentação que a prefeitura enviou.

Informações: G1/ES