Enivaldo dá prazo para Amunes reunir prefeitos até o dia 31 de janeiro

Com a credencial de quem deu à entidade a personalidade jurídica que a mantém até hoje, reformando seu estatuto para permitir que ela recebesse recursos das prefeituras, o prefeito Enivaldo dos Anjos (PSD), de Barra de São Francisco, aproveitou a presença de grande número de chefes de Executivo no Salão São Tiago, do Palácio Anchieta, na tarde desta quarta-feira (5), para bater duro na Amunes – Associação dos Municípios do Espírito Santo.

“Já fizemos um ano de mandato e até hoje a Amunes não realizou qualquer reunião. Vou dar um prazo até 31 de janeiro. Se a Amunes não se mover, vou começar a fazer as reuniões com os prefeitos do Noroeste”, disse Enivaldo, que foi presidente da entidade, que era associação dos prefeitos e vereadores e passou a ser Associação dos Municípios do Espírito Santo (Amunes). Seu discurso de sete minutos foi interrompido várias vezes por aplausos dos prefeitos.

O discurso do prefeito foi durante a solenidade em que o governador Renato Casagrande (PSB) assinou o edital para contratação de obras de Norte a Sul do Estado, dentre elas a recuperação da ES 060, entre Três Vendas, em Barra de São Francisco, e Água Doce do Norte, uma reivindicação ainda dos tempos em que Enivaldo era deputado estadual.

“Não vou perder a oportunidade de falar sobre política. Estamos entrando em ano eleitoral e isso pesa. Passamos um ano difícil, mas contamos com a força e a determinação do governador Renato Casagrande para superar as dificuldades e dar respostas à população. Mas este ano promete ser pesado, por ser ano eleitoral, quando vamos decidir o destino do nosso Estado e do nosso País”, iniciou sua fala o prefeito Dos Anjos.

De acordo com o prefeito, o Espírito Santo tem que se conscientizar desse momento e convocar reuniões para discutir o futuro.

“Vamos continuar trabalhando como no ano passado, mas daqui para a frente temos também de discutir política. Se a Amunes não tomar iniciativa, eu tomo, junto como Abraão (Água Doce do Norte), Bolinha (Vila Pavão), Hermínio (Mantenópolis) e Elias Dalcol (Ecoporanga)”, observou.

Enivaldo sugeriu que essas discussões limitem-se às eleições estaduais, “porque nas nacionais cada um tem a sua opinião”, e acrescentou:

“Mas não podemos cair numa aventura no Espírito Santo e precisamos manter a liderança equilibrada do governador Renato Casagrande, que tem um comportamento humilde. Liderar é ter humildade, porque os problemas se avolumam e este ano vai ser de muita pressão. Não se pode perder a cabeça, fazer aquilo que não se tem condições financeiras. Graças à liderança do governador, temos recursos para enfrentar qualquer situação, diferente de outros Estados grandes, como Minas Gerais, que chegou até a quebrar”.

No ápice do discurso, Enivaldo disse que “está na hora dos prefeitos tomarem uma posição junto com os deputados, precisamos antecipar essa discussão, porque está muito devagar, ninguém fala nada. Se até o final do mês a Amunes não convocar, eu convoco a reunião e começo com meus companheiros do Noroeste a fazer o movimento”.

Dirigindo-se ao diretor do DER, Luiz Cezar Mareto, pediu que as obras anunciadas comecem até abril, para dar mais credibilidade, mas salientou que, independente disso, os prefeitos têm que começar o movimento político. “Temos crédito suficiente junto à população para continuar ombro a ombro com o governador Renato Casagrande, pela sua história política. Vamos pelo caminho da segurança. Nenhum Estado brasileiro consegue hoje assinar um edital com essa quantidade de obras, só o Espírito Santo. E vocês sabem que estamos começando para realizar”. E, dirigindo-se ao governador, finalizou: “O Espírito Santo vai comparecer e te acompanhar com certeza, governador Renato Casagrande”.