Enivaldo alerta para uso político da pandemia: “estão se mostrando frágeis”

Diante das recorrentes críticas feitas ao governador Renato Casagrande e também ao secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos se posicionou durante a sessão virtual desta quarta-feira (10) em tom de cobrança aos demais parlamentares da Assembleia Legislativa. Para Enivaldo, as repetitivas falas são direcionadas não ao governo, mas à individualidade de Casagrande e Hoffmann, o que demonstra despreparo político da oposição.

“Esta pandemia, além de ceifar milhares de vidas, está servindo para se conhecer muitos políticos. (…) Quem vai conseguir levar o Espírito Santo ou o Brasil a algum lugar com esse tipo de política radical, esse tipo de agressividade? Falar da administração é uma coisa, agora ofender a pessoa do secretário, do governador é outra. Quem xinga, quem apela para palavrão é porque perdeu o argumento”, disse Enivaldo antes de continuar:

“Nós temos que pensar que ninguém ainda conseguiu o remédio para esta doença. Então não é justo abusar das pessoas. Nós estamos morrendo. Cada um de nós pode amanhã ser acometido por uma doença que mata e leva as pessoas ao desespero. Para quê fazer uma política tão baixa neste momento? Quero fazer um apelo: a eleição é somente no fim do ano. Vamos fazer política na hora da política e vamos entender este momento. Quem não está entendendo, está se mostrando frágil; uma pessoa sem coração e que não tem condições de entender o que estamos passando”.

A fala de Enivaldo, dita ao fim da sessão, fez com que parte dos deputados pedissem a palavra para prestar apoio e dizer o quanto concordavam com a opinião do deputado. Euclário Sampaio (DEM) e Emílio Mameri (PSDB) foram alguns dos parlamentares que pediram a palavra para registrar o quanto se sentiam representados pela fala de Enivaldo.

ENTENDA
Em entrevista recente, o secretário de Estado de Governo, Tyago Hoffmann disse que devido à alta ocupação de leitos de UTI, os médicos do Espírito Santo poderiam ter de “escolher quem vai viver e quem vai morrer”.
A afirmação não foi bem recebida pela oposição que, desde então, vem tratando o episódio como uma falha grave do governo no combate ao Corona Vírus, apesar de a fala ter sido direcionada à necessidade de se evitar o contágio.