Empresa libera consumo de cerveja durante o horário de trabalho

Da esquerda para a direita, Renan, Miriam e Roberta degustam cervejas durante uma reunião na agência

Miriam Matos, proprietária da agência, teve a ideia de levar o hábito de beber cerveja ao ambiente de trabalho quando teve dificuldades para escrever um texto de divulgação, e só conseguiu o resultado desejado após experimentar a bebida. “O texto fez muito sucesso e pensei que poderia levar isso para a agência. Comecei nas reuniões, há cerca de quatro anos, e agora eles podem beber no horário que quiserem”, diz.

O objetivo é que cada colaborador tenha sua própria percepção sobre cada rótulo e possa escrever e divulgar a cerveja de uma forma completa. Para ela, o trabalho de assessoria de imprensa só funciona se o funcionário acreditar no produto, conhecê-lo a fundo e se sentir parte dele. “Só assim conseguimos traduzir o objetivo da empresa em textos que geram resultados. Para a minha surpresa, o ambiente de trabalho mudou, todos estão mais soltos, criativos e isso aproximou as pessoas”, afirma Miriam.

O assessor de imprensa, Renan Santiago, de 27 anos, é um dos cinco colaboradores da agência que aproveita o benefício. Há um ano na empresa, ele atende somente contas do ramo cervejeiro e acredita que a iniciativa o ajudou a produzir melhor. “A cada dia eu me sinto mais à vontade para escrever sobre as particularidades de cada rótulo. Sei que não vou escrever algo errado”, afirma. Atualmente, ele faz um curso de sommelier de cerveja.

“É a união do útil ao agradável. Ao mesmo tempo que fazemos uma reunião para um assunto sério, tomamos uma cerveja e isso nos deixa mais à vontade. Mas, ao mesmo tempo, ela nos dá mais argumento para escrever”, diz Santiago.

“A ideia é fazer a degustação da bebida e conhecer o produto, não ficar embriagado. Quando um rótulo novo chega abrimos para fazer a degustação e também podemos beber em uma tarde que está muito calor”, afirma Roberta Santana, de 24 anos, responsável pela redação da agência.

Sobre problemas com funcionário que exagera e bebe demais, Miriam diz que cada colaborador deve conhecer seus limites. Segundo ela, até agora ninguém ficou bêbado e deu vexame durante o expediente. “Nunca alguém ficou mal a ponto de passar mal ou para de trabalhar. É uma questão de bom senso”, completa.

Informações: G1