Deputado defende mudança de matriz econômica e critica cortes de recursos para o Turismo

O deputado Mazinho dos Anjos (PSDB) defendeu que o Espírito Santo precisa mudar sua matriz econômica para reduzir os impactos da reforma tributária, que muda a arrecadação para o consumo e não mais para a produção.

E, neste sentido, o parlamentar tucano considerou inadequada a redução dos recursos previstos para o Turismo, conforme previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA 2024), encaminhado à Assembleia pelo governador Renato Casagrande (PSDB).

Mazinho observou que as alterações decorrentes da reforma tributária causarão problemas de caixa ao Estado pelo fato de ter uma economia voltada para a exportação.

“A arrecadação era por produção, mas com a reforma, o recolhimento de impostos será em cima do consumo; temos de mudar nossa matriz econômica, estimulando o consumo, e o turismo é o melhor meio de fazermos isso”, indicou.

Mazinho acrescentou que o Espírito Santo possui inúmeras belezas naturais, combinando montanhas e o mar, além da gastronomia capixaba e do turismo religioso. Para o deputado, esses atrativos precisam ser mais divulgados, o que poderá atrair milhares de visitantes, transformando o turismo numa potência econômica capixaba.

O deputado defendeu a união de todos os parlamentares no sentido de encaminharem propostas ao governo para que os recursos orçamentários do setor sejam aumentados e não reduzidos.

O discurso de Mazinho na sessão da última terça-feira (3) foi ao encontro do pedido do deputado Coronel Weliton (PTB), presidente da Comissão de Turismo da Assembleia, para que os colegas parlamentares impeçam o corte de 51% nos recursos para o setor do turismo conforme consta, segundo ele, no projeto de LOA para 2024.

O presidente do colegiado de Turismo sinalizou que, dos atuais R$ 34,2 milhões do Orçamento vigente, a verba cairá para R$ 16,8 milhões, o que impacta negativamente de forma “preocupante” um segmento da chamada economia limpa, que é capaz de gerar muito emprego e renda, avaliou Coronel Weliton.

“Não podemos admitir essa redução orçamentária tão grande num estado com tantas atrações turísticas como o Espírito Santo”, acentuou Welinton.