Coronavírus: três hospitais da Grande Vitória não têm mais leitos de UTI disponíveis

A previsão da secretaria de saúde do Estado era ter 1.343 leitos de UTI e enfermaria para tratamento da covid-19 até o fim de maio, mas já estamos na metade de junho e este número ainda não foi atingido

A semana começa com números preocupantes sobre o avanço do coronavírus no Espírito Santo. De acordo com a última atualização da Secretaria de Saúde, mais de 85% dos leitos de UTI, destinados ao tratamento para pacientes com covid-19, estão ocupados no Estado.

Segundo as informações divulgadas no Painel Covid-19, a taxa de ocupação dos leitos de UTI do Espírito Santo é de 85,54%. Na Grande Vitória, o número é ainda maior, 88,15%. Dos 643 leitos disponíveis, 550 estão ocupados.

Três unidades da região metropolitana não têm mais leitos disponíveis. São elas: Hospital Evangélico de Vila Velha, o Hospital Vila Velha e o Hospital Santa Rita, em Vitória.

Já no Hospital Santa Mônica, em Vila Velha e no Hospital São Francisco, em Cariacica, há apenas uma vaga de UTI disponível.

Nos hospitais Vitória Apart, Dório Silva e Bezerra de Faria, restam duas vagas disponíveis.

O secretário de saúde do Estado, Nésio Fernandes, diz que os números preocupam, mas que seguem o planejamento da secretaria. “Nós já temos mais de 1.200 leitos disponíveis para pacientes com covid-19 no Espírito Santo, não obstante, até o presente momento, mais de 600 leitos de UTI disponíveis. O Estado tem promovido uma expansão de leitos muito robusta e até agora nós não tivemos problemas crônicos com a falta de leitos”, afirma Nésio.

Porém, a previsão da secretaria de saúde era ter 1.343 leitos de UTI e enfermaria exclusivamente para tratamento da covid-19 até o fim de maio. Estamos na metade de junho e este número ainda não foi atingido. São atualmente 1.305 leitos, ou seja, 40 a menos do que era previsto. A taxa geral de ocupação no Estado (entre UTI e Enfermaria) é de 77,09%.

Sobre a demora para cumprir a previsão de leitos, o secretário de saúde disse que houve atraso na entrega de equipamentos. “Nós temos contratos com alguns fornecedores que atrasaram alguns dias, mas que no entanto ainda não comprometeram a oferta de expansão de leitos para poder atender a proporção da doença no nosso Estado”, disse Nésio.

Informações: Folha Vitória