Confusão em bloco pré-carnaval assusta moradores na Praia do Canto, em Vitória

O excesso de pessoas em um bloco de pré-carnaval clandestino realizado no sábado (1º) na Praia do Canto, em Vitória, gerou o descontentamento de moradores e de comerciantes em função, entre outros motivos, do consumo de álcool e drogas, do barulho gerado e do surgimento de brigas.

No entanto, o secretário de Segurança Urbana de Vitória, Fronzio Calheira, afirma que a Prefeitura da Capital cumpriu o planejamento que havia sido feito junto aos representantes do bairro e a polícia em duas reuniões realizadas anteriormente. Apesar disso, ele pondera que reavaliará a ação para identificar possíveis falhas e necessidades de melhorias.

“Nós atuamos de maneira planejada. Tudo o que foi planejado foi cumprido. Foram apreendidas nove caixas de som, nove veículos foram autuados, com multas que vão até R$ 130 mil. Isso tudo vai gerar uma preocupação em quem organizou esse evento”, disse o secretário em entrevista ao Bom Dia Espírito Santo nesta segunda-feira (3).

O evento

O baile, que não tinha autorização para ser realizado, aconteceu ao longo da tarde do último sábado e reuniu cerca de 10 mil pessoas. Para além do incômodo dos moradores, comerciantes alegam que tiveram que fechar as portas e cancelar eventos por medo de confusões.

Os que abriram, utilizaram grades para cercar os estabelecimentos. Ao final da festa, muito lixo foi deixado no local.

Para o presidente da Associação Comercial da Praia do Canto e diretor da associação de moradores do bairro, faltou efetivo, tanto da Prefeitura de Vitória (incluindo a Guarda Municipal) quanto da Polícia Militar para impedir o início da festa, que alcançou uma proporção inesperada.

“Já tivemos sucesso em impedir alguns eventos. Mas faltou efetivo para evitar a circulação de todas essas pessoas”, reclama. Saad afirma que um protocolo de segurança, que impede o acesso de ambulantes e de participantes aos principais acessos das vias poderia ter sido utilizado para evitar a aglomeração dos jovens.

No entanto, Fronzio Calheira afirma que não havia tempo hábil para o estabelecimento de tal protocolo, tendo em vista que o poder público tomou conhecimento da festa poucos dias antes.

“É importante ressaltar que as pessoas têm o direito de circular. O poder público não pode chegar e botar uma porteira para definir quem entra e quem sai. Nós podemos fazer isso no sambódromo. A atuação da polícia e da prefeitura deve ser em cima das irregularidades, como ambulantes, carros de som. Isso tudo está sendo e foi controlado”, pontuou.

Informações: G1/ES