Operação interdita abrigo de animais e resgata 34 cães no ES

A Delegacia Especializada de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), em ação conjunta com a CPI dos Maus-Tratos da Assembleia Legislativa (Ales) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV), resgatou 34 animais e interditou um abrigo localizado na Serra, na Grande Vitória.

Segundo a Polícia Civil, a ação realizada na manhã desta quarta-feira (20) foi fruto do cumprimento de mandado de busca e apreensão e determinação judicial de interdição do estabelecimento.

A ordem judicial é decorrente de uma investigação que está em andamento na DPMA. De acordo com a polícia, o abrigo interditado é mantido pelos pais da moradora de um apartamento localizado em Vila Velha onde diversos animais foram encontrados mortos e em situações de maus-tratos.

A polícia disse que a ação desta quarta visa averiguar a condição do local que abrigava os animais e cumprir a determinação da Justiça, para interdição e resgate dos cães encontrados.

“O inquérito policial está em andamento. As suspeitas são de que os animais encontrados no apartamento teriam sido recolhidos pela mãe, dona do abrigo, e entregues à filha, para ajudar nos cuidados dos animais. O apartamento seria, então, uma extensão do abrigo. Tanto a moradora do apartamento quanto a mãe, faziam pedidos de doação de forma conjunta, o que reforça a suspeita de que a arrecadação e os cuidados eram comuns às duas”, afirmou o titular da DPMA, delegado Eduardo Passamani.

Segundo a polícia, o local onde os animais estavam aparentava pouca salubridade. Apesar disso, os fiscais do CRMV informaram que os cães não apresentavam sinais de maus-tratos. Os animais foram recolhidos pela equipe da CPI, que os encaminhará para avaliação médica e lar adotivo provisório.

“Os donos da instituição também foram cientificados para a apresentação da filha, investigada pela DPMA, para que seja interrogada. Ela se encontra em local ignorado, sob alegação de tratamento médico. Eles também foram informados que estão proibidos de solicitar doações para o abrigo e devem retirar as páginas da entidade das redes sociais”, disse o delegado.

Informações: G1