Ronaldinho Gaúcho ganha R$ 513 mil ‘acidentalmente’ durante prisão no Paraguai

Depois de quatro meses presos em Assunção, no Paraguai, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Roberto de Assis conseguiram a liberação e retornaram ao Brasil na última segunda-feira. No entanto, o ex-craque da seleção brasileira, mesmo detido, acabou tendo um lucro de aproximadamente R$ 518 mil em uma trade “sem querer”.

O ex-atleta depositou o valor de US$ 1,6 milhão para deixar a prisão no país vizinho. Porém, a justiça considerou do valor US$ 200.000 como o pagamento da fiança dos irmãos Assis. Dessa forma, Ronaldinho recebeu de volta US$ 1,4 milhão do governo paraguaio.

De acordo o site Cointelegraph, com a valorização do dólar americano durante o período em reclusão, o dinheiro do astro rendeu. Ou seja, se o Gaúcho decidir trocar o valor devolvido pela moeda brasileira, poderá ter um lucro de 518.000. O ex-jogador da seleção brasileira conseguiu obter lucro ao manter o dinheiro em dólares norte-americanos, devido a desvalorização do real nos últimos meses.

O depósito no valor de 1,6 milhão foi realizado no dia 7 de abril de 2020, momento em que o dólar estava sendo cotado no Brasil por R$ 5,22. Por outro lado, no dia em que saiu da prisão, Ronaldinho recebeu US$ 1,4 milhão de volta com o dólar sendo cotado em R$ 5,59. Ou seja, nos 171 dias que o ex-atleta esteve em prisão domiciliar o dólar teve uma valorização de US$ 0,37.

Prisão no Paraguai

Em março, Ronaldinho Gaúcho e o irmão Roberto Assis foram detidos no Paraguai após utilizarem documentos falsos no país. Além dos dois, outras três pessoas foram presas, incluindo o empresário Wilmondes Sousa, acusado de fornecer os passaportes ilegais.

Após o pagamento da fiança de US$ 200.000, ambos puderam deixar a prisão domiciliar, em um hotel de Assunção, retornar ao Brasil. O valor da fiança relacionada ao jogador foi fixada em US$ 90.000 pela justiça paraguaia. Já a do irmão e empresário foi de 110.000, totalizando o valor pago pelos irmãos.

Ainda segundo o portal, o dinheiro estava em uma conta no Banco Nacional de Fomento no Paraguai e poderia ser confiscado em sua totalidade pela Justiça, se os irmãos Assis tentassem fugir do país enquanto estavam em prisão domiciliar.