Ricardo Eletro fecha todas as lojas e pede recuperação judicial

No Espírito Santo foram fechadas 7 lojas e demitidos 105 funcionários.

A Máquina de Vendas, empresa dona da marca Ricardo Eletro, pediu hoje recuperação judicial na 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais da Comarca de São Paulo nesta sexta-feira, 7. Com isso, todas as lojas da rede também serão fechadas.

No Espírito Santo foram fechadas 7 lojas e demitidos 105 funcionários.

Além da Ricardo Eletro, a empresa também detém as marcas Lojas Salfer, CityLar, Lojas Insinuante e Eletroshopping no segmento de eletrônicos e eletrodomésticos. A holding Máquina de Vendas é a terceira maior do Brasil no ramo de eletrodomésticos.

As dívidas somam R$ 4 bilhões e entre os maiores credores estão o Itaú, Bradesco, Santander e a Whirlpool (dona das marcas Brastemp e Consul).

De acordo com informações do portal UOL, a varejista irá se concentrar em um novo modelo de negócio, baseado numa rede virtual de parceiros e colaboradores. Atualmente, a companhia permanece com aproximadamente mil funcionários

Prisão

Uma força-tarefa do Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG), Receita Estadual e Polícia Civil (PC) prendeu, no dia 8 de Julho, em São Paulo, o fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, Ricardo Nunes. A operação batizada de “Direito Com o Dono” tem como objetivo combater a sonegação fiscal e lavagem de dinheiro em Minas Gerais. Ricardo foi solto dez dias depois.

Segundo o MP-MG, a rede de varejo cobrava dos consumidores, embutido no preço dos produtos, o valor correspondente aos impostos, mas não fazia o repasse. Além dos mandados de prisão, a Justiça determinou o sequestro de bens imóveis de Ricardo Nunes, avaliados em R$ 60 milhões, para ressarcir danos causados ao estado de Minas Gerais.