Projeto de lei quer regulamentar carreira para professores e intérpretes de libras em Vitória

A educação inclusiva é um desafio para as escolas públicas e para os profissionais da área, que enfrentam dificuldades para seguir carreira. Para mudar esse cenário, a Prefeitura de Vitória lançou propostas à Câmara de Vereadores da capital.

Dois projetos de lei foram encaminhados. Eles prevêem que as carreiras de professor e intérprete de libras, professor de educação especial sejam regulamentadas.

Atualmente, esses profissionais trabalham como designação temporária. De acordo com o Prefeito de Vitória,  Lorenzo Pazolini, os professores da educação especial de Vitória terão carreira no serviço público.

“Já estamos criando o cargo de intérprete e o outro de professor educação para educação especial. Agora eles terão uma carreira, saberão como entrar e como continuar no serviço público, com isso terão estabilidade”, afirmou Pazolini.

Luana Guss é surda e professora de libras. Com ajuda da tradutora Eliana Bugarelli, ela contou a importância da abertura desse projeto para os professores da área.

“Estou aqui representando a comunidade surda e muda pelas nossas lutas e com os objetivos que concurso fosse instituído no município de Vitória. É muito importante a criação de concursos para que a gente tenha mais segurança. Já tem mais de 10 anos que a gente está nessa luta para que aconteça pois é direito das pessoas”.

Luana é de uma família surda e aprendeu libras de forma natural com sua família e o português aprendeu na escola junto com outros alunos.

“Eu nasci surda e a minha família são de surdos e naturalmente eu aprendi a libras com minha família a comunicação acontecia naturalmente. Já o Português eu tive acesso a escola e com outros alunos e então consegui me formar em letras libras agora sou mestranda e professora”.

Dados da Grande Vitória 

Só Vitória tem 1.893 alunos com necessidades especiais. São pessoas com deficiente física ou intelectual que precisam de mais apoio na hora de aprender.

No município da Serra tem 2.188 alunos na educação especial. Cerca de 490 professores especializados são contratados para atender as crianças. A prefeitura informou que cada aluno surdo tem um profissional para intermediar a comunicação entre aluno e professor, além de monitores para crianças com outras necessidades.

Já Guarapari, conta com 1.327 alunos na educação especial. Sete intérpretes de libras atendem em 11 escolas. Viana tem 471 alunos e 56 professores especializados em educação especial.

Em Cariacica não há o número de alunos com necessidades especiais que estão matriculados, mas o município conta com 355 profissionais trabalhando nessa área.

Já Vila Velha tem 2.554 alunos com necessidades especiais e 350 professores trabalhando na educação especial. Entre esses alunos temos o Ruan de 13 anos, que tem o grau mais elevado de autismo e precisa de apoio especializado para estudar.

“A escola é um lugar de extrema importância, não só pela alfabetização, vai além disso, a escola é um lugar acolhem neto os profissionais que preparam meu filho sempre deram muita atenção para ele” contou na Paula Fialho da Silva, mãe do Rhuan.

Informações: Folha Vitória