Para secretário de saúde do ES, volta às aulas em julho “não é possível”

Em pronunciamento transmitido pela internet nesta segunda-feira (22), o secretário estadual de Saúde do Espírito Santo, Nésio Fernandes, disse que as aulas ainda não devem retornar no mês de julho.

“Na avaliação preliminar feita pela Secretaria de Saúde (Sesa), o retorno não é possível no mês de julho ou enquanto não houver uma tendência consolidada da redução de pacientes graves e da redução do número de casos. Enquanto não há essa redução, não é possível haver flexibilização das atividades escolares no estado, e acredito que em nenhum lugar do país”, enfatizou.

Em nota, a Secretaria Estadual de Educação (Sedu) disse que o decreto vigente suspende as aulas até o dia 30 de junhodecreto e que e que será feito após essa data está sendo planejado e será anunciado assim que for definido. No Espírito Santo, as aulas da rede pública estão suspensas desde 17 de março.

Estabilização

De acordo com Nésio, há uma tendência de estabilização no número de casos – o que não significa redução – nos municípios de Vitória e Serra. Mas essa tendência é diferente dos outros municípios do estado, onde os casos ainda crescem.

“Acompanhamos uma tendência de estabilização no número de casos nas cidades de Vitória e Serra. Ainda há uma curva acelerada, mas com menor velocidade, em Vila Velha e Cariacica. E há um crescimento acelerado no interior, que tem um atraso de três semanas em relação à Grande Vitória”, explicou.

Cloroquina

O pronunciamento também tratou sobre o uso da cloroquina. Quatro municípios capixabas solicitaram o medicamento à Sesa para que ele seja usado no tratamento de pacientes com Covid-19.

O secretário afirmou que o Estado vai assistenciar esses municípios, mesmo que o medicamento não tenha eficácia comprovada.

“Não existem evidências científicas que apontem um desfecho significativo nos pacientes graves ou leves que façam uso da cloroquina. O Estado adota decisões de um grupo de médicos e cientistas, que orientam as autoridades médicas. O Estado não vai se opor a qualquer município que queira adotar a recomendação do Ministério [da Saúde] e vai disponibilizar o medicamento”, considerou.

Para secretário de saúde do ES, volta às aulas em julho “não é possível”.
Informações: G1/ES