Hospital Público de Barra de São Francisco zera fila para cirurgias

Gustavo Lacerda, diretor geral do Hospital

Enquanto o Brasil inteiro assiste a episódios de má gestão na Saúde Pública – como o caso de pacientes sendo beneficiados por pertencerem à mesma religião do prefeito da cidade do Rio de Janeiro – o Hospital Doutor Alceu Melgaço Filho, de Barra de São Francisco, dá exemplo com uma fila totalmente zerada de pacientes cirúrgicos e serviços de qualidade para a população usuária do Serviço Único de Saúde (SUS).

“Isso é uma coisa rara de acontecer no Espírito Santo e em todo o Brasil. Nós temos hoje o melhor serviço de ortopedia do Estado, sendo referência para toda a região noroeste capixaba e também para o leste de Minas Gerais”, comenta o diretor geral do hospital, Gustavo Lacerda.

À frente do hospital desde 2016, Gustavo atribui o sucesso da gestão aos recursos recebidos do Estado e principalmente à liberdade concedida à equipe para trabalhar de maneira estritamente profissional. “Acredito que o resultado positivo da gestão é justamente a equipe de profissionais qualificada que temos e a liberdade que eles possuem para determinar o que é melhor para o funcionamento do hospital. Os cirurgiões, ortopedistas e anestesistas são excelentes profissionais e trabalham duro diariamente”, disse o gestor que se orgulha do atendimento prestado aos pacientes de dentro e também de fora da cidade.

De acordo com Gustavo, o número de cirurgias feitas no hospital hoje supera o de 150 ao mês. A marca, que pode ser baixa em relação a outros hospitais da região, é alta para o Alceu Melgaço que, mesmo de menor porte, oferece também serviços de exames de complexidade como o de tomografia e ressonância magnética.

Além do atendimento de qualidade, o hospital público aposta no conforto para receber seus pacientes em quartos que contam, inclusive, com ar-condicionado. “A gente não vê isso em hospitais públicos porque muitas vezes o interesse não é o desenvolvimento do trabalho médico. Aqui não temos a interferência política de outros lugares. Pelo contrário, a nossa orientação sempre foi para que não se passar ninguém à frente nas filas”, revela Lacerda.

A fila zerada de cirurgias ortopédicas é uma realidade já conhecida do hospital público de Barra de São Francisco, que tem repetido a situação por diversas vezes neste ano.