Gangue queria roubar armas de comerciante assassinado na frente da família no ES

A investigação da morte de Cosme de Jesus Souto foi concluída pela Polícia Civil. O rapaz foi assassinado, em dezembro de 2020, no bairro Central Carapina, na Serra. A vítima foi morta em casa, na frente da esposa e dos dois filhos, de 6 e 4 anos. Segundo a polícia, os suspeitos queriam roubar armas que o homem mantinha na residência.

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, a vítima guardava duas armas no telhado de casa, fato que teria atraído a atenção de criminosos de uma gangue da região do bairro conhecida como “favelinha”.

A investigação da morte de Cosme de Jesus Souto foi concluída pela Polícia Civil. O rapaz foi assassinado, em dezembro de 2020, no bairro Central Carapina, na Serra. A vítima foi morta em casa, na frente da esposa e dos dois filhos, de 6 e 4 anos. Segundo a polícia, os suspeitos queriam roubar armas que o homem mantinha na residência.

De acordo com o delegado Rodrigo Sandi Mori, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa da Serra, a vítima guardava duas armas no telhado de casa, fato que teria atraído a atenção de criminosos de uma gangue da região do bairro conhecida como “favelinha”.

“No dia do crime, a vítima foi comprar um vinho e quando retornava eles abordaram o veículo, retiraram ela do veículo com arma de fogo, a arrastaram para a rua batendo nela em frente de toda a população até a sua residência. Quando eles chegaram na casa, um dos indivíduos localizou duas armas de fogo da vítima, que estava no telhado”, explicou o titular.

Ainda de acordo com o delegado, o criminoso que estava com a arma encostada no peito da vítima teria efetuado o disparo que tirou a vida de Cosme de Jesus. Tudo aconteceu na frente da esposa e dos dois filhos da vítima, que chegaram a ajoelhar e implorar pela vida do pai.

O crime ocorreu no dia 20 de dezembro. A esposa do rapaz foi atingida com tiro de raspão. Cosme era dono de uma sorveteria no bairro Central Carapina, mas já teve envolvimento com o tráfico de drogas no Norte do Espírito Santo.

“A vítima tinha envolvimento com o tráfico no município de Conceição da Barra, veio para a Serra três meses antes do crime, tinha duas armas de fogo na sua residência. Esses indivíduos ficaram sabendo que a vítima tinha essas armas e foram com a intenção de roubar essas armas e também matar a vítima”, apontou o delegado.

As investigações apontam que a família teria se mudado para a Grande Vitória cerca de três meses antes do crime. Em pouco tempo acabou se tornando alvo de uma das gangues consideradas pela Polícia Civil como uma das mais violentas e perigosas da Serra.

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, afirma que esse grupo criminoso é conhecido pela maneira de agir e de amedrontar as pessoas da região.

“Essa associação criminosa age na região em busca de tomada de territórios de forma a fazer seus crimes bárbaros com requinte de crueldade, em uma demonstração de poder não só para os seus concorrentes, mas também para a comunidade local fazendo com que ela fique sequestrada emocionalmente”, afirmou Arruda.

PRISÕES

De acordo com as investigações, oito integrantes da gangue teriam participado do crime. Desde de o início de fevereiro, seis pessoas foram presas e um adolescente foi apreendido. Entre eles, o líder do grupo Bruno de Oliveira, mais conhecido como “Juninho Capeta”. O rapaz de 23 anos foi preso no dia 8 deste mês, no bairro das Laranjeiras. Contra ele havia um mandado de prisão em aberto.

Sobre o histórico do rapaz, o delegado Rodrigo Sandi Mori, lembra que o jovem está no mundo do crime desde o período da adolescência.

“Quando adolescente ele praticou oito homicídios, pagou por esses crimes ainda na adolescência, foi preso por roubo quando maior, obteve o benefício da saidinha mas não retornou ao presídio, e pelo fato dele não ter retornado, acabou cometendo um homicídio e um latrocínio nesse período de tempo”, lembrou.

Outros três integrantes da gangue da favelinha de Central Carapina já haviam sido presos desde dezembro. Com essas novas prisões, a polícia civil afirma que desarticulou o grupo que vinha aterrorizando moradores do bairro.

De acordo com a Polícia Civil, a gangue é responsável por outros crimes marcantes, como o tiroteio que tirou a vida de um adolescente de 16 anos, em Central Carapina, no mês de julho. Duas pessoas foram atingidas por balas perdidas. Uma delas ficou paraplégica.

Informações: Folha Vitória