Funcionário de empresa de telefonia é preso no ES suspeito de passar dados para criminosos

Um funcionário de uma operadora de telefonia foi preso na tarde desta segunda-feira (5) em um shopping da Grande Vitória por suspeita de aplicar golpes e fornecer dados e senhas de clientes.

O crime foi denunciado à Polícia Civil pela própria empresa. Ele vai responder pelos crimes de violação de sigilo e falsidade ideológica.

Segundo as investigações, o suspeito mudava a titularidade das linhas telefônicas e, assim, disponibilizava os dados dos clientes, principalmente senhas, documentos e dados bancários, a outros criminosos.

Para ter acesso ao sistema, o homem usava senhas de outros funcionários da operadora, que trabalham em outros estados. Por cada operação feita, recebia uma quantia em dinheiro, segundo o titular da Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), Brenno Andrade.

“O funcionário usava a senha de outros funcionários da empresa e mudava a titularidade da linha, pegava uma linha telefônica e colocava em um outro chip que o criminoso, por sua vez, utilizava para recuperar as senhas de redes sociais, e-mail e principalmente senhas bancárias dos clientes”, disse o delegado. Só quando o cliente conseguia reabilitar a linha no seu nome é que verificava o prejuízo.

O delegado ainda explicou que é um tipo de golpe difícil de ser evitado por parte dos clientes.

“Geralmente, a vítima não pode fazer outra coisa, porque ela está usando o aparelho e, do nada, a linha é desabilitada”, disse.

O homem foi preso em flagrante enquanto atendia duas pessoas em uma loja de telefonia em um shopping. A empresa em que ele trabalhava monitorou as ações para fornecer informações à polícia e garantir a prisão.

“A empresa de telefonia e o shopping colaboraram com as investigações. Ele acionou de forma voluntária o sistema da empresa, acessou dados de terceiros. A empresa, monitorando, avisou à polícia e nós efetuamos a prisão em flagrante. Ele estava atendendo duas pessoas”, contou o delegado.

Em três meses, a polícia acredita que ele tenha enganado de 30 a 40 clientes da empresa. Não há registro de vítimas no Espírito Santo, mas a polícia acredita que mais denúncias podem chegar.

A investigação continua porque outras pessoas que participavam desse crime estão sendo investigadas.

Informações: G1