Funcionário da Caixa é preso no ES suspeito de desviar R$ 140 mil de auxílio emergencial

De acordo com a Polícia Federal, os levantamentos iniciais confirmaram um desvio de R$ 140 mil. No entanto, estima-se que os valores totais possam alcançar R$ 1 milhão.

A fraude, segundo a polícia, consistia na alteração de dados cadastrais dos reais beneficiários, para que outras pessoas pudessem receber indevidamente os valores do auxílio emergencial.

O funcionário da Caixa era informado sobre os beneficiários que deveriam ter seus dados alterados, como telefone e e-mail. Isso permitia que, depois, os fraudadores tivessem acesso aos valores.

De acordo com a PF, o suspeito recebia uma lista de CPFs, verificava as contas vinculadas com saldo do auxílio emergencial, alterava as senhas e repassava as novas senhas para quem lhe enviava os CPFs.

Essa pessoa, por sua vez, transferia os valores para contas de “laranjas”. Segundo a polícia, um percentual das parcelas do auxílio emergencial era devolvido ao funcionário do banco.

Suspeito confessou que cometia o crime desde o ano passado

Levado para a sede da Polícia Federal, o homem informou que foi aliciado por meio de mensagens eletrônicas, mas que não conhecia o aliciador. Ele confessou também que vinha realizando as fraudes desde o fim do ano passado.

O suspeito, segundo a PF, poderá ser responsabilizado, inicialmente, pelo crime de Peculato (Art. 312 do Código Penal) e Inserção de Dados Falsos em Sistemas de Informações (Art. 313-A do Código Penal), com uma pena que pode chegar a 24 anos de prisão.

O auxílio emergencial é um benefício financeiro destinado pelo governo federal aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados. O objetivo é fornecer proteção emergencial a essas pessoas no período de enfrentamento à pandemia do coronavírus.