Enivaldo dos Anjos: “Não vamos nos cansar de correr atrás da Renova”

Proposta de Enivaldo dos Anjos é de que estabelecimentos ofereçam balanças para conferência

Mantendo o tom de sua indignação com o tratamento dispensado pela Fundação Renova aos atingidos pela lama do rio Doce, resultante do desastre de Mariana, o deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD) disse, em discurso da tribuna da Assembleia nesta segunda-feira (18), que “não adianta a diretoria fundação correr, porque não vamos nos cansar de correr atrás da Renova”.

A declaração foi a propósito do comportamento da diretoria da fundação, que, segundo o deputado, foi convocada juntamente com a empresa de seguro da Samarco para depor na CPI da Sonegação no próximo dia 2 de dezembro: “Não adianta recorrer a influência externa, a políticos de importância, recorrer ao Judiciário com banca de advogados a custo de ouro, entrar com habeas corpus no mesmo dia e conseguir liminar. Vamos continuar correndo atrás da Renova.

Não se pode tratar com certa urbanidade algumas empresas que são especialistas em enrolar e transgredir a lei no Espírito Santo”. De acordo com Enivaldo, a Fundação Renova “enrola, trapaceia e sonega informações e não resolvendo o problema das pessoas atingidas pela lama do rio doce”. E chamou de mentirosa a Fundação, reclamando que a lei não alcança quem tem muito dinheiro: “É falta de respeito. Existe lei para tudo nesse País, só não existe lei para tomar providência para esse tipo de abuso.

A Vale não cumpre suas obrigações, a Samarco faz o mesmo, e criaram essa Fundação Renova, que na verdade é uma fundação que enrola as pessoas, não respeita e nem trata todos com igualdade”. O pronunciamento foi apoiado pela deputada Iriny Lopes (PT), que fez uma sugestão: “Eles entraram na 12ª Vara da Justiça Federal de Minas Gerais pedindo que quem não for cadastrado até dia 19 de dezembro não seja mais. Dos atingidos, poucos foram cadastrados. SE a Justiça conceder o pedido da Samarco, 90% dos atingidos ficará ao Deus dará.

Sugiro à CPI para peticionar à Justiça e ao Ministério Público Federal que a Renova seja retirada do TAC e as empresas sejam incluídas”