Sítio arqueológico é descoberto no Parque Estadual de Guarapari

Sítio arqueológico ´e descoberto no Parque Estadual de Guarapari

Recentemente foi descoberto o primeiro sítio arqueológico no Parque Estadual Paulo Cesar Vinha (PEPCV), em Guarapari. Os arqueólogos e profissionais do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) estão empolgados com o sítio.

O inesperado sítio achado pelos arqueólogos associados do Instituto de Pesquisa Arqueológica e Etnográfica Adam Orssich (IPAE), Paulo Vinicius Bonfim, Igor da Silva Erler e Dionne Miranda Azevedo Erler, encontrou alguns vestígios cerâmicos de aparência indígena, sendo evidenciada a presença de artefatos de cerâmica roletada, artefatos líticos de origem pré-colonial, assim como de cerâmica do período colonial.

Após coleta em campo, o material foi levado para a sede do IPAE, localizada em Vitória, higienizado (a seco) em laboratório e segregado nas seguintes classes: cerâmica (pré-colonial), cerâmica colonial, lítico, vítreo e malacológico.

“Fizemos uma coleta superficial do material, sem escavação, porque não é permitido, e levamos esse material para laboratório para fazer a identificação prévia do que seria esse sítio. Lá fizemos uma análise com microscópio, com lentes, para poder identificar realmente o que seria”, explicou o arqueólogo Igor da Silva Erler.

Tipo de ocupação

Segundo ele, com a descoberta é possível definir o tipo de ocupação que houve no litoral do Espírito Santo. “Atualmente há muitas pesquisas sobre o assunto e, posteriormente, será possível realizar um trabalho turístico, pois a arqueologia é muito utilizada mundialmente como ferramenta de turismo”, destacou Paulo Vinicius Bonfim.

O arqueólogo Igor da Silva Erler destacou que a descoberta permitirá conhecer o passado do Espírito Santo. “A gente consegue ter um levantamento melhor de informações sobre como viviam esses povos do passado, o que faziam. Esse tipo de descoberta permite que estudemos mais o passado e compreendamos melhor como o ser humano pensa e age. A partir do que se fazia anteriormente, será possível entender o que fazemos hoje e pensar melhor os nossos costumes”, explicou.

Informações: Folha Vitória