A chuva continua há quase duas semanas no Espírito Santo e além dos prejuízos das famílias com alagamentos ou a quantidade de pessoas fora de casa, o comércio também enfrenta a realidade de queda nas vendas. Segundo a Federação do Comércio no Estado (Fecomércio-ES), a estimativa é de que o prejuízo diário do setor seja em torno de R$ 15 milhões.
Na manhã desta sexta-feira (22), a dona Maria José Muller insistiu em montar a barraquinha de pastel com caldo de cana, mas as vendas não foram boas.
“Se eu fritei 50 pastéis hoje, foi muito. Em um dia normal, já tinha saído uns 300 para mais, eu acho”, disse a feirante.
Mesmo debaixo de chuva, algumas pessoas ainda se aventuraram e foram até uma feira de rua em Vitória para comprar legumes e verduras frescos, mas segundo o feirante Luciano Alves de Paula, as vendas estão bem mais fracas.
“Tá tenso o negócio. Muita água, chuva demais, o freguês não tá vindo não. Acho que vou voltar com a maioria dos produtos”, disse Lu
Mas o impacto maior é no comércio de rua. Nove vendedores de uma loja no Centro de Vitória ficaram praticamente parados nesta manhã. Eles contaram que os clientes quase não apareceram e se preocupam com a comissão.
“Eu espero que vá melhorar porque nós temos que pagar as nossas dívidas, comprar o presente de Natal. Estamos esperando essa chuva passar, que passe em nome de Jesus”,falou a vendedora Marlene dos Santos Cintra.
Com isso, os prejuízos aparecem. “Ontem, por exemplo, não houve praticamente movimento nenhum nas lojas. Nós tivemos mais de 80% do movimento menor do nosso dia a dia. Se não existe a circulação de possíveis compradores, não existe venda. Todos perdem”, explicou o presidente da Fecomércio-ES, José Lino Sepulcre.
Consultas
Não é só no comércio que a chuva atrapalha. Em clínicas, por exemplo, as faltas aumentam muito nesta época.
Em uma clínica de fisioterapia, por exemplo, o dono reclamou que 50% dos pacientes cancelaram consultas desde que começou a chover.
Fonte: g1
