MPES identifica mais de 4 mil pessoas que compraram diplomas falsos no ES

Uma investigação do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) identificou mais de 4 mil nomes de pessoas que compraram diplomas falsos de graduação, pós-graduação e de cursos livres na região norte do estado. A lista será enviada às secretarias municipais de Educação.

Os nomes foram obtidos após colaboração premiada, envolvendo investigados nas diferentes fases da Operação Mestre Oculto, que está desarticulando um esquema criminoso de obtenção de diplomas de curso superior, visando especialmente à nomeação em cargos públicos.

A partir de agora, o caso segue para a Sedu e as prefeituras que devem apurar individualmente cada suspeito, para esclarecer se o documento utilizado era ou não produto de fraude. As pessoas responsabilizadas poderão responder por crime de falsidade e até por ato de improbidade administrativa.

Operação Mestre Oculto

As investigações já deflagraram outras partes do esquema de diplomas falsos. Em janeiro deste ano, o MPES encaminhou uma primeira lista, com 915 nomes, para a Prefeitura de Rio Bananal – município onde a investigação começou. Até agora, são cinco fases de investigações em curso, que apontam que mais de 4 mil diplomas de graduação e certificados de pós-graduação e cursos livres foram obtidos com fortes suspeitas de fraude na Região Norte do Estado.

Denúncias

As investigações envolvendo as duas primeiras fases da Mestre Oculto avançaram e se desdobraram nas operações Estória, Viúva Negra e Lato Sensu, todas deflagradas pelo MPES. Donos de instituições de ensino localizadas no Norte do Estado foram presos, além de pessoas ligadas ao esquema criminoso de compra e venda de diplomas e certificados. A última prisão ocorreu no dia 11 de abril deste ano, na Operação Lato Sensu, realizada em São Mateus. Um professor e coordenador de curso de pós-graduação de um instituto de educação daquela cidade foi preso preventivamente.

Em 24 de agosto de 2018, o MPES denunciou à Justiça 11 pessoas investigadas nas duas fases da Operação Mestre Oculto. Outras duas pessoas, donas de um centro educacional, foram denunciadas em 13 de dezembro de 2018, por venda de diplomas e certificados de forma fraudulenta, sem que os alunos participassem efetivamente das aulas. Os dois, mãe e filho, tinham sido presos no dia 10 de dezembro daquele ano, durante a Operação Viúva Negra, desdobramento da Operação Mestre Oculto.

Informações: Folha Vitoria