PSD estuda expulsão de vereadora de Guarapari por infidelidade partidária

Advogado Munir Abud e a vereadora Fernanda Mazelli

A Executiva Regional do PSD está estudando a expulsão da vereadora Fernanda Mazelli, de Guarapari, por infidelidade partidária. De acordo com os dirigentes da legenda, Mazelli está apoiando candidatos a deputado federal e estadual de outros partidos, até mesmo fora da coligação em que o PSD está.

A parlamentar participou de atos de campanha do deputado Da Vitória (PPS) em Guarapari, quando a orientação do PSD tem sido para que as lideranças partidárias trabalham por uma das candidaturas a deputado federal da legenda, bem como para a Assembleia Legislativa.

Para a Câmara dos Deputados, o PSD tem a candidatura do próprio presidente, Neucimar Fraga, e mesmo em Guarapari lançou a candidatura de Rosana Pinheiro. Segundo membros da Executiva, Fernanda Mazelli será levada ao conselho de ética do partido, que analisará seu comportamento político e poderá decidir pela sua expulsão.

O partido em Guarapari tem sido convulsionado nos últimos meses. A legenda expulsou o vereador Wendel Lima, presidente da Câmara, mas essa desfiliação está sendo questionada no Tribunal Regional Eleitoral. Segundo o advogado Munir Abud, que atua pela Regional do PSD, “a ação de desfiliação do partido não foi feita de forma verdadeira. O PSD municipal simulu a expulsão do vereador alegando divertências com Fernanda Mazzelli, o que não foi comprovado”.

Munir contou que a expulsão só poderia ter sido feita com o aval do presidente estadual do partido, Neucimar Fraga. “O presidente nem foi consultado sobre essa ação, havia uma resolução estadual na época que impedia a expulsão de qualquer político municipal do partido sem a confirmação de Neucimar”.

O advogado ainda acrescentou que Ricardo Cruz, que assinou a expulsão de Wendel como presidente do diretório de Guarapari, não estava regular com a justiça eleitoral na época e por isso não era mais considerado presidente. “Essa desfiliação é totalmente irregular, o Ricardo não tinha poderes para assinar essa expulsão”.