Deputado critica falta de clareza de presidenciáveis nas propostas econômicas

Deputado Enivaldo dos Anjos

A falta de clareza nas propostas econômicas dos candidatos a Presidente da República coloca o futuro do Brasil em risco, na opinião do deputado estadual Enivaldo dos Anjos (PSD), que citou da tribuna da Assembleia Legislativa nesta terça-feira (28)o risco de o País quebrar e não honrar seus compromissos no futuro em função de essas propostas, até então apresentadas, não atenderem às expectativas do mercado internacional.

Mencionando as análises de economistas de renome, Enivaldo criticou a postura dos presidenciáveis, que, segundo ele, para não perderem voto não tocam em questões sensíveis como a reforma da Previdência, “que está atrasada 20 anos e que todos os candidatos até agora não falaram se vão fazer ou, se não vão, quais são seus planos para lidar com o envelhecimento da população”.

Enivaldo disse que o mundo inteiro se preocupa com essa situação, e citou a China como um dos exemplos: “Depois de mais de 40 anos com uma política de controle da natalidade, o País está agora reformando suas leis para mudar essa regra porque está vendo que a população de 1,3 bilhão de pessoas está envelhecendo e que, se não renovar, não terá como sustentar o seu crescimento econômico”.

Para Enivaldo dos Anjos, os candidatos à Presidência estão passando uma imagem de insegurança para o mercado internacional: “Isso não gera a necessária confiança para garantir o investimento de capital estrangeiro para o nosso desenvolvimento econômico, o que está levando a uma desvalorização de nossa moeda. O dólar já passa de 4 reais e existem expectativas de que pode chegar a 5 reais até o final do ano”.

Será o caos, na avaliação do parlamentar capixaba: “Por populismo, e porque medidas necessárias não trazem voto, os candidatos estão tratando o tema até com irresponsabilidade. O País não suportaria mais uma administração de quatro anos sem decisões políticas e administrativas que levem à recuperação econômica. O caos já está aí, com um governo federal que sobrecarrega os governos estaduais, a ponto de apenas cinco dos 27 estados estarem salvos do desastre administrativo e da responsabilidade fiscal”.

A crise na segurança pública, segundo Enivaldo, já reflete esse quadro:  “A violência de que reclamam vários deputados aqui na Casa não é a que está dentro dos limites dos Estados, que cuidam da segurança do dia a dia. O nosso maior problema de insegurança está no crescimento do crime organizado e do tráfico de drogas, e isso precisa ser combatido por uma política do Governo Federal. O que os Estados podem fazer contra o domínio das facções nos presídios e contra o tráfico de drogas nas fronteiras? Precisamos federalizar a segurança pública”.