PC prendeu empresários do ramo farmacêutico e centenas de medicamentos controlados em GV

Nesta terça-feira (20/02), a Polícia Civil de Minas por meio da Delegacia Adjunta de Tóxicos e Entorpecentes de Governador Valadares deflagrou a Operação “Tarja Preta” com o cumprimento de mandados de busca e apreensão em dois estabelecimentos comerciais do ramo farmacêutico bem como na residência do proprietário de um dos estabelecimentos nesta urbe.

Segundo o Delegado Márdio Bento Costa, a Operação se iniciou em 2017 após a apreensão de uma menor devido à mesma estar extremamente agressiva e ter agredido sua genitora e sua irmã. Ao prestar informações à Autoridade Policial, a menor relatou que o motivo da agressividade era porque ela estava fazendo o uso de medicamentos controlados “tarja preta” e que os mesmos teriam sido vendidos a ela sem receita médica e entregue em sua residência por duas drogarias sendo especificado pela menor o nome dos referidos estabelecimentos.

As informações obtidas na Delegacia de Menores foram encaminhadas à Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes que instaurou inquérito policial. As investigações apuraram três locais nos quais poderiam ser encontrados dinheiro, arma de fogo e medicamentos sendo esses os dois estabelecimentos farmacêuticos e a residência do proprietário de um deles.
A Autoridade Policial representou por mandados de busca e apreensão nos referidos locais sendo esses concedidos pela Justiça e cumpridos na referida data.

No estabelecimento comercial propriedade de P.R.R.A, 39 anos, foram: localizados diversos medicamentos controlados, estando esses irregulares, sem nota fiscal e sem registro de entrada no sistema o que facilita a venda de forma ilícita dos medicamentos e confirmando a informação preliminar da menor. Além dos medicamentos foram encontrados receituários médicos em branco assinados por médico e que possivelmente possam ser falsificados.

Na residência de P.R.R.A, foi localizado grande quantidade de medicamentos controlados, estando esses armazenados em desacordo com as normas vigentes da Vigilância Sanitária uma vez que o mesmo não é farmacêutico e não poderia ter tais medicamentos estocados em sua residência.

A equipe de PCMG também encontrou no imóvel medicamento para uso hospitalar, sendo que esses não podem ser comercializados em farmácias e/ou drogarias configurando assim tráfico ilícito de drogas. Além dos medicamentos foi apreendido no imóvel mais de R$ 200 mil em dinheiro que estava guardado em dois cofres em um dos cômodos da casa do suspeito.

No terceiro alvo da Operação, cujo proprietário é o suspeito R.F, 32 anos, foram localizados medicamentos controlados sendo que o proprietário não possui autorização para comercializar esse tipo de medicamento.

Contudo, após a conclusão do mandado de busca, a Polícia Civil tomou conhecimento que no estabelecimento comercial pertencente a P.R.R.A havia uma arma de fogo escondida em um fundo falso em baixo de um computador. A Equipe da PCMG então retornou ao local na manhã de hoje (21) e logrou êxito encontrando um revólver calibre 38 sem registro e municiado de 08 munições intactas.

Toda ação da PCMG foi acompanhada pelos Técnicos da Vigilância Sanitária Municipal que após as constatações e apreensões lacraram os estabelecimentos comerciais e assim permanecerão até que sejam sanadas as irregularidades administrativas junto ao setor responsável.

Segundo Dr. Márdio Bento Costa, P.R.R.A responderá por tráfico de drogas, posse ilegal de arma de fogo e também será investigado por lavagem de capitais. Já R.F., 32 anos responderá por tráfico de drogas.

A Operação foi denominada “Tarja Preta” devido à comercialização de forma irregular de medicamentos controlados e na sua maioria identificados com uma tarja preta conforme norma vigente.

Os suspeitos foram encaminhados ao presídio local onde ficarão à disposição da Justiça.